Coração de diamantes – A história de Marçal Brentel

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Fã: pessoa que tem grande afeição ou demonstra grande interesse por alguém ou algo. Mas a palavra parece pequena demais para definir uma paixão tão grande. A história do engenheiro civil Marçal Moreira Brentel exemplifica bem esse caso. O paulistano de 49 anos é um forte entusiasta por veículos Mit, que estão em sua garagem ininterruptamente nos últimos 23 anos.

A primeira experiência marcante que o fidelizou aconteceu em 1998 e se tornou também um embrião para proporcionar a mesma oportunidade a novos aficionados no futuro.

Tudo começou em 1996, quando Marçal pesquisava por modelos esportivos de custo mais acessível. “Foi quando meu irmão perguntou se eu já tinha visto o veículo Colt. Poucos dias depois fazia um test-drive na concessionária, o primeiro contato ao volante de um Mitsubishi. Foi paixão à primeira acelerada; fechei negócio em uma versão GTi, vermelha, 0 km”, relata o engenheiro.

Era a etapa de encerramento da temporada do rali de regularidade Mitsubishi Motorsports e o cenário de partida e chegada foi o autódromo de Interlagos. Enquanto os off-roaders partiram para trilhas em regiões próximas, na pista do icônico autódromo rolava uma competição com os veículos 4×2. “Cheguei todo modesto com meu Colt nesse universo”, recorda. “E no meio de tantos carros potentes, conquistei meu primeiro troféu, entregue em mãos por Eduardo Souza Ramos”, completa. A partir daí, a pegada que o espírito 4×4 espalha o contagiou de vez.

Em 2003, ele foi apresentado a uma nova paixão: o Lancer. “Frequentava um fórum de internet em Portugal sobre os modelos Colt e Lancer, onde conheci as opiniões de proprietários do carro, sempre positivas. Quando tive a oportunidade de comprar outro veículo, não pensei duas vezes”, diz sobre o primeiro dos três Lancer que passou pelas suas mãos.

Um deles ele adquiriu depois de assistir uma propaganda na televisão que marcou época. “O lançamento do novo Lancer em 2012 chegou com uma campanha impactante. Numa cena do filme ‘De volta para Futuro’, o veículo substituía o famoso carro e interagia com os personagens. Na mesma hora meus amigos me ligaram já sabendo qual seria meu próximo carro”, lembra com bom humor sobre o episódio. “Acho que o pessoal pensava que eu estava louco. Nem test-drive eu fiz”, completa. Não se preocupe, Marçal. Nem todos conseguem compreender o coração de um fã.

Adeus a uma era
Lembram do Colt? O carinho pelo modelo foi tamanho que Marçal ficou com ele por mais de uma década, mas a lembrança dura até hoje em forma de apelido (ele é conhecido como Colt pelos amigos).

Paixão deste tamanho contagia os mais próximos, é inevitável, e assim entrou para o grupo dos “Mitmaníacos” a mãe e a esposa de Marçal. Enquanto a primeira já teve duas Pajeros, a companheira comprou um Lancer MT.

Fã de carteirinha
Aquela semente plantada no peito de Marçal em 1998 germinou para o projeto mais marcante da sua vida de fã. Junto com alguns amigos, criou em 2012 o Mitsufans, um fã-clube para unir em um só lugar mais pessoas adeptas ao Lancer e outros modelos. O clube é bastante ativo com realizações de encontros e eventos durante todo o ano, proporcionando a outros o que um dia ele experimentou. Foi a formalização da admiração por um veículo e todo o universo que o cerca.

“Buscamos somente ajudar os proprietários de veículos Mitsubishi os ajudando a usufruírem o melhor possível das experiências que seus carros podem oferecer e compartilhando informações sobre eles. A história que tenho não é apenas com os veículos. Também ganhei amigos que levarei para vida toda, independente da marca”.

O apoio que mantém a chama acesa vem da companheira Marcia, bastante participativa nas aventuras que Marçal promove e participa com o fã-clube. “Em março de 2018 fizemos um evento de regularidade em asfalto no autódromo VeloCittá, chamado Funday. Minha esposa pilotou o carro dela e fui seu navegador. O resultado foi a primeira colocação na corrida e uma emoção indescritível por saber que ela é minha principal incentivadora”, contou.

Hoje em dia, na garagem do engenheiro estão dois Lancer MT, um dele e um que pertence à esposa. “Por tudo que vivemos e nossas histórias a bordo destes veículos já me fazem ter a certeza que valeu muito a pena”, conclui.

A reportagem original está no site mundomit.com.br
https://mundomit.com.br/artigos/coracao-de-diamantes/

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