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Freios e Upgrade

FREIOS

O sistema de freios do carro é composto de cinco itens básicos, que para a felicidade dos gearheads, podem ser modificados. São eles :

  • Pastilhas
  • Pinças
  • Discos
  • Flexíveis
  • Cilindro mestre / servo freio

O sistema de freios pode ser entendido como um transformador de energia. Basicamente o que ele faz é transformar a energia cinética (movimento) em energia térmica (calor).

As pastilhas são a primeira “linha de defesa” no sistema. São elas que encostam nos discos quando vc pressiona o pedal de freio. O atrito entre pastilhas e discos irá reduzir a velocidade, gerando calor.

As pinças são as peças que alojam as pastilhas ao redor dos discos. Nelas estão também embutidos os pistões (que podem ser 1, 2, 4, 6, …) que se movimentam ao pressionarmos o pedal.

Os discos são a parte rotativa que vai presa ao cubo de roda. São fundamentais pois os discos são as peças que vão acumular e dissipar o calor produzido pelo atrito com as pastilhas. Podem ser ventilados (pista dupla) como os dianteiros e sólidos (pista simples) como os traseiros. Além disso, os produtos aftermarket para upgrade possuem outras características.

Os flexíveis são as mangueiras que conectam as linhas rígidas presas no carro e que permitem a movimentação do sistema junto com a movimentação da suspensão.

O cilindro mestre é o coração do sistema. Ao pisarmos no pedal, empurramos uma haste que se conecta ao cilindro mestre. Ele pressiona uma certa quantidade de fluido (conforme seu diâmetro) pelas linhas até chegar nas pinças, cujos pistões empurram as pastilhas contra os discos. Já o servo freio (também conhecido como Cuíca) é o pulmão do sistema. Ele quem vai determinar a dureza do pedal. Quanto maior o servo, menor o esforço necessário para acionar o pedal.

Qual o maior problema que enfrentamos nesse quesito dos freios de um carro? A resposta é: FADING

Fading é quando gases (que nada mais são do que o ar incorporado no composto das pastilhas) se expandem pelo calor e formam uma camada de ar entre as superfícies das pastilhas e dos discos, causando a flutuação e perda de atrito.

UPGRADE

PASTILHAS

As pastilhas são compostas de vários materiais abrasivos. Essa massa/composto de que são feitas as pastilhas é que vai conferir um maior ou menor coeficiente de atrito a elas. De modo geral ao se olhar a superfície de uma pastilha, quanto mais material cobreado você conseguir visualizar no composto, melhor ela será, com maior coeficiente de atrito. Normalmente assim são as pastilhas de performance.

PINÇAS

São as responsáveis por fazer a força, através do deslocamento do pistão. Podem ser de pistão único (como as originais), de pistão duplo (como as originais do Ralliart) ou de quatro pistões (como as do Evolution). As pinças de upgrade geralmente usam pastilhas maiores, com mais pistões e são feitas para uso de discos de maior diâmetro e espessura. Podem ser de ferro fundido como as originais, ou até de alumínio (do Evolution, por exemplo), conferindo uma melhor dissipação de calor, bem como uma redução na massa não suspensa do carro.

DISCOS

Existem vários modelos de discos de freio para upgrade no mercado. Eles podem ser slotados (riscados), perfurados ou ambos, para que permitam que os gases gerados pelo aumento de temperatura das pastilhas não causem o fading. Ainda no quesito freio, tamanho do disco faz a diferença e nesse caso, quanto maior melhor. Quanto maiores em diâmetro mais eficientes são (braço de alavanca), e quanto mais grossos, mais massa possuem e portanto maior será a capacidade de dissipar o calor. A ventilação interna (vanes) também pode ser desenhada em forma de rotor para ajudar a expulsar o ar quente mais rapidamente de dentro do disco.

FLEXÍVEIS

Geralmente se usa uma borracha com malha interna trançada. Aqui o upgrade também é a troca do material por dutos plásticos (feitos de Viton) com malha trançada de inox. Isso porque esses produtos não tendem ao relaxamento e expansão sob altas temperaturas como os flexíveis originais. Uma linha que sofra essa expansão, acaba aumentando de diâmetro causando a queda na pressão do sistema , diminuindo a eficiência dos freios.

CILINDRO MESTRE/SERVO FREIO

Esses são itens que só se mexem quando se altera demasiadamente a proporção dos componentes da pinça, notadamente os pistões no caso. Isso porque um determinado tamanho de pistão, exige para seu deslocamento e pressão nas pastilhas, uma certa quantidade de fluido. Ao usarmos pinças com pistões de maior diâmetro, essa quantidade necessária de fluido para fazer o mesmo trabalho geralmente aumenta. Isso faz com que o pedal precise de um pouco mais de curso para mandar a quantidade de fluido correta. Então aumentando o tamanho do embolo do cilindro mestre, ele consegue mandar uma maior quantidade de fluido pelo mesmo movimento do pedal. E quando fazemos o uso de um diâmetro de cilindro maior, é conveniente usar um servo freio (cuíca) também maior, pois será necessário um pouco mais de força no acionamento do pedal para deslocar esse embolo maior do novo cilindro mestre.